Conheça Emily Faulconer, uma mulher entre os grandes Cabernets chilenos

Grandes chances do enólogo chileno Emily Faulconer não gosta do título acima. Aos 40 anos, a mãe de dois filhos pequenos (o mais novo tem dez meses), ela escreve sua história no mundo do vinho, longe de questões de gênero.

Mas, assim como a pioneira Cecilia Torres foi a primeira mulher a elaborar um grande Cabernet Sauvignon no Chile no final dos anos 80, com a Casa Real, Emily agora lidera o Viñedo Chadwick e Seña e Seña-e um ótimo foco em Cabernet Sauvon. “Ouvi dizer que estou no cargo por ser mulher, mas não gosto de pensar dessa maneira. Tenho essa posição por mérito”, diz ela, em uma conversa exclusiva com o palato (leia a seguinte entrevista)

A colheita de 2025, que termina agora, em meados de abril, será o primeiro emily 100%. No final de 2023, ela aceitou o convite de Eduardo Chadwick, o proprietário do grupo Errazuriz, para assumir os vinhos da família, substituindo Francisco Baettig, um personagem importante no trabalho de colocar as marcas de Chadwick entre os grandes vinhos chilenos.

Para aqueles que gostam de pontuações altas, o Seña 2021 tem 100 pontos, a primeira série de James Suckling e Viñedo Chardwick 2021 tem 100 pontos do Wine Advocate (leia Robert Parker). Além disso, Chadwick 2014 foi o primeiro Red 100 pontos do Chile, com uma nota de sucção.

De volta para casa

Baettig deixou o grupo para dedicar ao seu projeto pessoal, com vinhedos no sul do Chile. E Emily foi convidada a retornar à família Chadwick – ela trabalhou por dois anos em Viña Arboleda, também do grupo, no vale de Aconncague, antes de sair para assumir Viña Carmen, onde fez uma boa revolução do vinho, também focada em uma cabernet sauvignon de Alto Jahuel, na Maico. No caminho de volta ao grupo Errazuriz, não bem assumido a nova posição, ela engravidou do segundo filho.

Na colheita de 2024, ela reconciliou a gravidez com os primeiros desafios de novos trabalhos. No contrato de transição, Baettig esteve presente no primeiro ano, com visitas regulares às vinhas e à vinícola. Agora, em 2025, ele participa apenas de decisões de mistura. E Emily lidera toda a equipe excessiva. No começo, ele não tem planos de mudar ou lançar novos rótulos. “É um trabalho de muita troca, de continuidade, o que para mim é o mais importante”, diz ele.

Passando pelo Brasil, onde ele apresentou a colheita de Viñedo Chadwick em 2022, ela disse a seu foco nas vinhas – Senã já segue a filosofia biodinâmica e é entusiasta do cultivo agroecológico em Viñedo Chadwick. “Dedico muito tempo ao campo, onde as idéias ocorrem. Tomar a xícara é uma conseqüência”, diz ele. E, é claro, complementa Cabernet Sauvignon. “É a grande uva chilena.”