Banzeiro apresenta pratos que adotam a Amazônia com delicadeza e intensidade
O Chef Felipe Schaedler Sabe como poucos sabores da Amazônia. Nó BanzeiroUm restaurante que venceu o Michelin Guide Bib Gourmand Seal, traduz a riqueza da floresta em pratos que unem tradição e criatividade. As notícias da temporada confirmam essa vocação: são preparativos que exploram ingredientes únicos, como Tucupi preto, cogumelo de Yanomami e feijão Buther, sempre com um visual contemporâneo.

Novos pratos de Banzeiro, restaurante do chef Felipe Schaedler Foto: Mario Rodrigues/Divulgação
“Este novo menu foi pensado com grande carinho, com uma olhada mais de perto nos ingredientes da floresta. Estamos em uma fase importante no Banzeiro, onde começamos a refletir ainda mais sobre o impacto que temos, não apenas no prato, mas em toda a cadeia por trás dela”, explica Schaedler, em uma entrevista sobre o menu ao menu Palato.
A seleção de ingredientes não é casual. O chef procura produtos que movem a economia local: “Tucupi preto, castanha, cogumelo de Yanomami, farinha de pará, pilarucu da administração da reserva de Mamirauá: cada um deles carrega uma história”.
Novos pratos de Banzeiro
Entre as entradas, dois venceram especialmente o chef. A tortilla de farinha de água com creme preto de Tucupi, camarão e cogumelo de Yanomami impressiona pela harmonia entre acidez, sabor terreno e o impressionante camarão da Amazônia. “É um prato equilibrado e de personalidade”, descreve Schaedler. A base, feita com farinha de água – o mesmo que a tradicional Farofa Amazônia – faz a preparação naturalmente glúten sem.
Outro destaque é a pipoca de feijão com Tucupi e Baniwa Pepper (R $ 42) – aqui, entre nós, a melhor coisa que Palato tentou no restaurante. “Sempre que me sento para comer no salão, peço este prato”, confessa o chef. A combinação é crocante e cremosa, perfeita para ser provada com as mãos, de uma maneira descontraída.

Pipoca de manteiga de feijão é um dos grandes destaques das notícias de Banzeiro Foto: Mario Rodrigues/Divulgação
Os ganhos dos pés do garoto relevam (R $ 39). Com macarrão de tapioca e assado na folha de banana, o prato carrega aromas que se referem aos preparativos tradicionais da Amazônia.
As saladas também estavam repensadas. O grão com tomates curados (R $ 54) tem o feijão como protagonista, acompanhado por quinoa, arroz preto, gergelim e uarini de farinha. Enquanto isso, a salada de arroz preto com creme de Tucumã e milho doce (R $ 52) é finalizado com petróleo de Tucumã de Boca do Acre, na Amazônia. E ainda parece divertido, servido como uma certa maneira que faz o prato se lembrar de uma pizza.
Nos principais, o pilarucu à milanesa em Tapioca com fonduga de queijo e arroz preto (US $ 104) tem sido um sucesso. “É um prato que traz textura, gosto e, ao mesmo tempo, mantém um pouco de leveza”, diz o chef. O tambaqui na brasa com molho de cupuaçu, purê de manioc assado em Josper e milho doce Farofa (R $ 92) oferece uma experiência de contraste, com o caramelo do manioc com a acidez do molho cupuaçu.

Felipe Schaedler cortando a costela bovina assada por 12 horas Foto: Mario Rodrigues/Divulgação
Para compartilhar, a casa resgata um clássico: a costela assada por 12 horas (R $ 330), ideal para até três pessoas. Cozinhada e terminada lentamente no forno Josper, ela pega o molho de Rôti e é acompanhada por migalhas de milho doce com cebola torrada.
De acordo com o chef Felipe Schaedler, essa constante renovação do cardápio reflete a filosofia do restaurante. “A Amazônia é um território vivo, em movimento constante, e é isso que tentamos refletir em nosso cardápio”, explica Schaedler. “A cada nova temporada, descobrimos ingredientes, histórias e diferentes maneiras de trabalhar nesses insumos”.