Boa colheita ou colheita ruim? Entenda ao beber cada vinho
A busca por vinhos Perfeito geralmente nos leva a acreditar em verdades absolutas, como a idéia de que um vinho mais antigo é sempre melhor ou que a origem geográfica define sua qualidade. No entanto, o universo oenológico é vasto e complexo, cheio de nuances que desafiam generalizações simplistas. Uma dessas complexidades está no entendimento das colheitas, um fator crucial que vai além da simples classificação de “bom” ou “ruim”.
A armadilha da colheita “histórica”
Muitas vezes somos bombardeados por um marketing fervoroso que exalta a última safra como “histórica” ou “melhor da década”. Embora seja importante considerar as características de cada ano, é essencial desconfiar das hipérboles. A interpretação correta de uma colheita exige mais conhecimento do que simplesmente procurar anos bem ricos e evitar os outros.
Concentração vs. prontidão
Boas colheitas geralmente produzem taninos densos, densos, mais frutas e muitas vezes mais presentes. Esses vinhos de maior “estrutura” têm um grande potencial de envelhecimento e exigem tempo na vinícola para suavizar e revelar toda a sua complexidade. Por outro lado, os vinhos de colheita considerados mais fracos tendem a ser menos concentrados, mais leves e prontos para o consumo em um período mais curto, embora seu potencial de evolução e longevidade seja menor.
Um grande bordeaux de uma colheita menos prestigiada pode ser excelente para beber em alguns anos. O mesmo rótulo de uma colheita aclamada pode exigir uma década de guarda para expressar suas qualidades e pode atingir seu ápice aos 15 ou 20 anos (embora as técnicas modernas de vinificação busquem vinhos mais acessível em menos tempo).
Para consumo imediato em um restaurante, a escolha ideal pode ser diferente daquele para uma garrafa projetada para envelhecer na adega para uma ocasião futura especial. Além disso, os produtores sérios geralmente reduzem a produção de seus rótulos de elite em anos menos favoráveis, direcionando as melhores uvas para suas linhas intermediárias, aumentando potencialmente a qualidade deste último. Para mais dicas, leia o guia de paladar feito pelo sabor.